Nossa Campanha


Temos como objetivo do nosso trabalho conscientizar as pessoas sobre um grave problema ambiental que está ocorrendo atualmente: o desmatamento. Acreditamos, então, que conscientizando cada um, todos terão a oportunidade de diferenciar o certo do errado.

Nele iremos abordar as várias causas e as conseqüências do desmatamento, assim como o que poderemos fazer para melhorar a situação atual.

Passeatas, cartazes, distribuição de panfletos, vídeos e palestras nas escolas farão parte do nosso dia-a-dia.

Tentaremos levar a todo tipo de pessoas informações que muitos não tem conhecimento e muitas vezes até sabemos, mas não damos a devida importância. Embora devemos tentar influenciar os governos, não devemos somente esperá-los atuarem. As ONGs estão aí para ajudar e devemos apoiá-las.


Mostraremos as pessoas que cada uma delas irá se beneficiar e assim teremos um Brasil e um mundo melhor.

O que é desmatamento?

O desmatamento, ou também chamado de desflorestação é o processo de desaparecimento de matas (maciços florestais), fundamentalmente causado pela atividade humana.


O processo de desmatamento começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.

Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madeireiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF (ONG dedicada ao meio ambiente), no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.


Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano têm provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamadas frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.


O Brasil aparece como o país com o maior índice de desmatamento do planeta no Guiness, o Livro dos Recordes, edição de 2005. Entre 1900 e 2000, uma média anual de 22 mil e 264 km² de florestas desapareceu do território brasileiro, uma área equivalente ao Estado de Sergipe.

Quem desmata?

O desaparecimento de florestas no Brasil é causado por três fatores principais: a obtenção de solo para a agropecuária, a indústria madeireira, e a especulação imobiliária.


Isso ocorre por dois principais motivos: falta de conseqüência ambiental, e falta de fiscalização do governo sobre o cumprimento das leis.



Metas

Devemos buscar influenciar as pessoas para que elas tenham consciência do problema atual e tentar fazer com que elas lutem junto conosco por esse causa. Exemplos de atitudes que devemos tomar:


s Devemos nos basear em três eixos: o combate às práticas ilegais, o ordenamento territorial e fundiário e o apoio às atividades produtivas e sustentáveis. No período em que Marina Silva, por exemplo, esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, foi apreendido um milhão de metros cúbicos de madeira, presos mais de 700 criminosos, desmontadas mais de 1.500 empresas ilegais e inibidas 37 mil propriedades de grilagem.


s Devemos, também, tentar influenciar a união federal para criar leis a favor de reservas florestais com passeatas e campanhas em benefício do meio ambiente

Panorama Atual

Como podemos ver cada dia que se passa milhões de arvores são retiradas, incontáveis animais fogem de seus habitat... Hoje em dia quase a metade da Amazônia fora devastada, para abastecer a população com papeis, e produtos do uso diário. Essas pessoas que usufruem desses produtos não percebem o que acontece na natureza e a quantidade de animais que sofrem por causa disso, e até entram em extinção. Por conseqüência do desmatamento, rios e lagos são aterrados, a desertificação nas florestas se iniciam, entre outros.




O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas.

Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios têm como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.


Este problema não é exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países em desenvolvimento, principalmente asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo.



A China, por exemplo, aparece como o país onde ocorre o maior reflorestamento no mundo. Na década de 90, as árvores replantadas foram suficientes para cobrir mais de 18 mil km² do território, uma área equivalente ao Kuwait.

Prejuízos ambientais


Perda de biodiversidade: Os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas foram originados por um lento processo evolutivo, que levou bilhares de anos. A perda da diversidade de seres, além da perda de variedade genética, é um processo irreversível.


Degradação dos mananciais: A retiradada mata que protege as nascentes causa sérios problemas ao bem que está cada vez mais escasso em todo o mundo: a água. Isso ocorre principalmente devido à impermeabilização do solo em torno da água.


Aterramento de rios e lagos: Com o solo sem cobertura vegetal abundante, a erosão ocorre em intensidade e freqüência espantosas, sendo o solo levado diretamente aos rios e lagos. Lembrando que a erosão é a perda de solo causada por água e vento. Esse processo faz com que o volume dos lagos seja limitado, e a vazão dos rios seja comprometida.


Redução do regime de chuvas: Pode não parecer, mas a maior parte da água das chuvas continentais vem das próprias áreas continentais, e não do mar. A derrubada de grandes áreas com matas altera o clima das regiões, causando normalmente períodos estendidos de estiagem.


Redução da umidade relativa do ar: A evapotranspiração das folhas é um dos principais reguladores da umidade do ar, além de promover a regulação da temperatura nos ambientes em que estão. A derrubada de matas deixa o ar mais seco e a temperatura mais elevada e instável.


Aumento do efeito-estufa: As florestas são grandes reservas de carbono, que guardam o carbono em sua estrutura orgânica. Ao queimarmos essas florestas, quase todo o carbono absorvido pelas plantas volta à atmosfera, causando considerável aumento no efeito-estufa, tornando o planeta ainda mais quente.


Comprometimento da qualidade da água: A maior erosão e lixiviação causada pelo desmatamento fazem com que a qualidade da água seja comprometida, tornando-a sempre turva e muitas vezes imprópria para ao consumo.


Desertificação: A retirada de matas associada a manejos inadequados do solo, tem causado a desertificação dos ambeintes, onde a ausência de vida predomina.


Prejuízos socioeconômicos:


Redução do turismo: As áreas de mata nativa são sem dúvida um grande atrativo, principalmente ao eco-turismo. Apesar disso, muitas cidades e estados não conhecem esse potencial e não aproveitam. O desaparecimento de matas traz perdas incalculáveis e irreversíveis ao turismo nesses locais.


Perda do potencial hídrico brasileiro: O Brasil é a maior reserva de água do mundo. Com o desmatamento, há degradação das nascentes e dos rios, descartando a possibilidade do Brasil se tornar poderoso por possuir a maior parte desse bem tão essencial.


Perda do potencial farmacêutico: O Brasil, possuidor da maior biodiversidade biológica do mundo, faz baixíssimo proveito do potencial farmacêutico bilionário de suas plantas. Muitos dos remédios e cosméticos que circulam pelo mundo são feitos com extratos de plantas descobertas em nossas matas. Na verdade, não conhecemos nem a metade das espécies que existem no nosso país. O desmatamento traz conseqüências irreversíveis ao setor.


Perda do potencial genético: Poucos sabem, mas o desenvolvimento da agricultura depende de programas de melhoramento genético, que dependem diretamente de espécies nativas das plantas cultivadas. A resistência a doenças e pragas é muitas vezes adquirida através do cruzamento de parentes próximos nativos encontrados com a cultura em questão.

Grave consequência

O desmatamento numa determinada região pode provocar o processo de desertificação (formação de desertos e regiões áridas). Este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no cerrado de Tocantins nas últimas décadas.

O aquecimento global pode trazer conseqüências graves para todo o planeta – incluindo plantas, animais e seres humanos. A retenção de calor na superfície terrestre pode influenciar fortemente o regime de chuvas e secas em várias partes do planeta, afetando plantações e florestas.

Algumas florestas podem sofrer processo de desertificação, enquanto plantações podem ser destruídas por alagamentos. O resultado disso é o movimento migratório de animais e seres humanos, escassez de comida, aumento do risco de extinção de várias espécies animais e vegetais, e aumento do número de mortes por desnutrição.

Outro grande risco do aquecimento global é o derretimento das placas de gelo da Antártica. Esse derretimento já vinha acontecendo há milhares de anos, por um lento processo natural. Mas a ação do homem e o efeito estufa o processo e o tornaram imprevisível.

A calota de gelo ocidental da Antártida está derretendo a uma velocidade de 250 km cúbicos por ano, elevando o nível dos oceanos em 0,2 milímetro a cada 12 meses. O degelo desta calota pode fazer os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas pelo mundo e ilhas inteiras. Os resultados também são escassez de comida, disseminação de doenças e mortes.

O aquecimento global também acarreta mudanças climáticas, o que é responsável por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo. Só no ano passado, uma onda de calor que atingiu a Europa no verão matou pelo menos 20 mil pessoas. Os países tropicais e pobres são os mais vulneráveis a tais efeitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de diarréia e 2% dos de malária em todo o mundo. Esse quadro pode ficar ainda mais sombrio: alguns cientistas alertam que o aquecimento global pode se agravar nas próximas décadas e a OMS calcula que para o ano de 2030 as alterações climáticas poderão causar 300 mil mortes por ano.

Desmatamento perante a lei

A lei prevê duas modalidades de exploração da madeira: o desmatamento autorizado, e o manejo florestal.

O desmatamento pode ser autorizado pelos órgãos ambientais em áreas destinadas a instalação de cultivos ou pastos, sempre e quando fica fora da área de reserva legal da propriedade (correspondente a 80% da área total). A madeira oriunda de desmatamento autorizado é legal, somente. A madeira de desmatamento autorizado não contribui para manter a floresta em pé. O custo de produção da madeira de desmatamento é geralmente baixo.

O manejo florestal é a outra modalidade legal de exploração da madeira. É regulamentado por várias leis, decretos e instruções normativas. Produzida com base em normas e técnicas de baixo impacto ambiental, a madeira manejada contribui para manter a floresta em pé. O custo de produção da madeira manejada é geralmente um pouco mais alto do que o da madeira de desmatamento, devido à elaboração do plano de manejo.

A certificação é atribuida por órgãos certificadores independentes, sendo destinada a detentores de planos de manejo que respeitam uma série de critérios socio-ambientais mais exigentes, tais como: os relacionados com o respeito dos direitos de posse da terra, com os direitos das comunidades e dos povos indígenas, bem como no atendimento às condições trabalhistas e de segurança no trabalho exigentes.
Oriunda de um plano de manejo certificado, a madeira certificada contribui para manter a floresta em pé em benefício das comunidades ribeirinhas e indígenas e dos trabalhadores. O custo de produção da madeira certificada é um pouco mais alto ainda do que o da madeira manejada, devido às exigências adicionais e ao custeio da certificação.

Providências governamentais

Quando se fala em desmatamento de florestas que precisam ser protegidas, é inevitável não pensar na Amazônia. Neste sentido, o jornal O Globo informou que o presidente Lula anunciou em seu programa semanal de rádio alguns detalhes sobre o plano que está preparando junto aos ministros para apresentar em Copenhague (lembremos que o Brasil é um dos países em desenvolvimento que mais gases emitem, junto a nações como Índia e China).


De acordo com Lula, o objetivo é reduzir o desmatamento no país em 80% até 2020. Desta forma, o Brasil estaria evitando a emissão de 4,8 milhões de toneladas de CO2.
Ainda que este não seja um anúncio oficial, que o objetivo de 2020 esteja um pouco longe, e que Lula já tenha mencionado que uma meta de
desmatamento zero é impossível de ser assumida pelo Brasil, a inclusão de uma proposta clara contra este crime no país a ser apresentada em Copenhague é animadora.

Durante muitos anos, os protestos contra o desmatamento estiveram associados à imagem de ambientalistas abraçados ou vivendo em árvores. Mas, cada vez mais, a questão é imprescindível para pensarmos num futuro sustentável. Vamos esperar até dezembro para ver que medidas confiáveis serão tomadas.

Resultados esperados

Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, no início deste novo século, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o futuro das gerações futuras. Nossos filhos têm o direito de viverem num mundo melhor.


Esperamos, assim, que a nossa campanha ajude a termos num futuro próximo esse mundo melhor. Esperamos obter diversos resultados que beneficiarão o meio ambiente e as nossas vidas, assim como as dos nossos descendentes. Com esse trabalho muitas pessoas vão cooperar mais para preservação e para o não desmatamento das florestas, porque conheceram de forma mais complexa os malefícios que isso causa , ajudando na “campanha anti-desmatamento”. Então este trabalho será favorável as florestas, a natureza e ao ecossistema, colaborando na preservação destes locais. Que nossos filhos não precisem lutar por isso, e sim continuar a cuidar desse planeta. Quando, em 1969, Neil Armstrong pisou na Lua e disse: “A Terra é azul”, ele não imaginava que em pouco tempo ela começaria a ficar cinza.


Vamos reascender esse azul. E também o verde. Com a nossa e a sua ajuda, vamos fazer a terra brilhar novamente.